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ENCONTRO DAS ÁGUAS

O Movimento Tapajós Vivo, o Fórum Teles Pires, a Rede Juruena e os Movimentos do Baixo e Médio Tapajós promoveram no Centro de Formação Emaús, em Santarém, no período de 14 a 16 de junho de 2019, o primeiro Encontro das Águas, com o objetivo de socializar informações e estudos referentes aos empreendimentos em construção ou previstos para os três rios, tais como: hidrelétricas, portos, ferrovias, rodovias, hidrovias, mineração, agronegócio, etc. 

O Encontro também foi momento para sistematizar propostas e definir os próximos passos a fim de fortalecer a mobilização e ampliar a articulação entre as bacias (Tapajós, Juruena, Teles Pires, Madeira, Xingu) em torno de uma agenda propositiva em defesa dos territórios, da sustentabilidade, e da inclusão de seus povos. 

A iniciativa contou com a participação de 142 pessoas, integrantes de movimentos, organizações, sindicatos, ONGs e outros. 

Encaminhamentos

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Encaminhamentos

INSTRUMENTOS DE LUTA 

1. Criar o GT de regularização fundiária (reforma agrária, demarcação de terras indígenas, comunidades quilombolas, extrativistas e ribeirinhos) denunciando os descasos dos órgãos e todas as entidades responsáveis pelos processos, e estimulando a demarcação dos territórios tradicionais;

2. As ONGs devem se articular para que atendam as demandas dos movimentos populares da Bacia do Tapajós articulando as ações de combate ao uso de agrotóxicos para propor normas que regulamente o uso e fortalecendo a agroecologia;

3. Organizar assembleias Populares com MPF, MPE, Universidades e outras organizações com objetivo de informar a sociedade sobre os problemas que acontecem nas comunidades.

FORMAÇÃO 

1. Criar uma “Escola de Formação Amazônica” para lideranças populares, em parceria com comunidades tradicionais, entidades parceiras, Universidades e movimentos sociais (comunicação popular, segurança da informação, registro de memória, elaboração e gestão de projetos);

2. Criar ações de sensibilização para as comunidades acerca da importância da regularização fundiária nos moldes coletivos; 

3. Fortalecer o conhecimento dos povos indígenas, quilombolas e populações tradicionais por meio do resgate e valorização da cultura. 

COMUNICAÇÃO 

1. Fortalecer e aprimorar as rádios comunitárias e rádio web e fomentar a criação de novas rádios; 

2. Articular junto às mídias locais e internacionais, ONGs, movimentos ambientais para dar visibilidade a luta em defesa dos territórios;

3. Criar alternativas de resistência com uso de mídias alternativas.

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